Um bom gerenciamento de tempo, além de um grande desafio, nos dias atuais, é peça chave para o sucesso organizacional. Como todos já escutamos, “Time is money”!

Contudo, quando o assunto é importação, não se pode levar em consideração apenas o tempo que a sua carga levará viajando (transit time). O período anterior e posterior ao embarque também precisa ser observado, pois existem procedimentos, principalmente ligados à coleta/entrega e à liberação aduaneira, que tornam esse período muito mais do que uma simples viagem. O tipo de transporte escolhido – aéreo, marítimo ou rodoviário – também pode interferir diretamente no lead time do processo.

Fique atento aos microprocessos

Monitoramento é o ponto-chave para a medição do Lead Time. Para isso, é necessário verificar todas as atividades que fazem parte do processo, desde o seu início até a sua conclusão.

Também é importante mapear o processo, porque as informações quando analisadas em conjunto, são as chaves para descobrir possíveis desperdícios e gargalos.

Assim, o tempo antes do embarque vai desde o momento em que a mercadoria sai da fábrica, são entregues no depósito (armazém) do seu agente de cargas, até o momento em que essa carga sai do país de destino em um porto ou aeroporto.

Já o período depois do embarque, vai desde quando a sua carga chega aqui no Brasil em algum terminal, o momento de providenciar a papelada e documentação da sua carga para poder retirá-la, até a chegada a sua empresa.

Por isso, ao pensar no tempo que sua carga demora até chegar ao Brasil, você deve considerar:

  • tempo de transporte entre fornecedor e entrega no terminal do porto ou aeroporto;
  • movimentação e espera no terminal;
  • liberação na aduana local;
  • trânsito de um país a outro (as pessoas pecam por só considerarem esse tempo);
  • tempo de descarga;
  • espera no terminal até a carga ser disponibilizada;
  • desembaraço aduaneiro;
  • trajeto que sua carga irá fazer, do terminal, até a sua empresa.

Como diminuir o Lead Time

Olhar de perto todos os processos e microprocessos de uma organização é a melhor forma de alcançar melhorias. Para isso, é preciso que gerentes logísticos e operadores unam forças para medir cada atividade do fluxo de produção. Seguem abaixo algumas dicas por onde começar.

  • Tempo de produção: você pode e deve ficar atento às etapas importantes da produção na sua empresa;
  • Manter o follow-up atualizado da previsão de embarque e transit time da mercadoria pode ser essencial para não correr riscos e ter surpresas negativas;
  • Tipo de embarque: a escolha do modal de transporte compatível com a urgência da mercadoria e posição geográfica do fornecedor é importante para o sucesso da importação;
  • Comunicação entre os setores: é fundamental para dar maior segurança e, claro, vai manter o lead time sempre dentro do desejável, evitando, assim, a necessidade de trabalhar na famosa correria;
  • Registros e nacionalização dentro dos prazos: esteja com toda documentação em dia para não atrasar o desembaraço aduaneiro.